
Faz cerca de 11 anos que Plutão foi demovido do status de planeta-anão, deixando um vazio do tamanho de 2.370 quilômetros em nossos corações.
Desde então, a busca pelo Planeta 10 apropriadamente renomeado para Planeta 9 cresceu e se tornou um movimento internacional, em busca do tal objeto no Cinturão de Kuiper, além da órbita de Netuno.
Agora, os cientistas Kat Volk e Renu Malhotra, do Lunar and Planetary Laboratory, da Universidade do Arizona, estão aumentando a aposta eles sugerem que um 10º objeto de massa planetária, completamente diferente, está se escondendo em algum lugar do Cinturão de Kuiper também. Alguém aí está anotando a placa de todos esses planetas hipotéticos?
A caçada pelo Planeta Nove, um objeto hipotético do tamanho de Netuno além de Plutão, tem agitado a comunidade científica desde o ano passado, quando dois astrônomos da Caltech defenderam a ideia.
Esses intrépidos cientistas, Mike Brown, melhor conhecido como o cara que “matou” Plutão, e Konstantin Batygin estão atualmente liderando uma busca por esse gigante escondido. Recentemente, uma rede de cientistas cidadãos seguiu o exemplo. O problema, é claro, é que ainda não o encontramos. Então o que será necessário?
A co-autora do estudo, Kat Volk, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, acredita que uma massa invisível seja a explicação mais provável para a anomalia. “De acordo com nossos cálculos, algo tão maciço como Marte seria necessário para causar a distorção que medimos”, diz ela.
Os pesquisadores acreditam que o Planeta 10, se estiver lá fora, estaria em algum lugar entre a massa de Marte e Terra.
Poderiam as inclinações inesperadas de todos esses distantes objetos aos arredores do Cinturão de Kuiper terem sido causadas pelo Planeta 9? Os pesquisadores dizem “não”. O Planeta 9, que pode ter 10 vezes a massa da Terra, é projetado para estar muito distante para impactar esses objetos.
Enquanto enviamos uma nave espacial para planetas próximos, como Marte e Júpiter,
o alcance do Cinturão de Kuiper continua sendo um lugar bastante misterioso. As limitações de nossas tecnologias de telescópios atuais podem fazer com que percamos de vista um planeta inteiro à espreita lá fora.
“No fim das contas, o Sistema Solar tem um pouco de propriedade imobiliária em si, então você pode colocar um monte de coisas pequenas nele”, contou Batygin ao Gizmodo.
“O que [esses pesquisadores] estão falando sobre não é um corpo maciço, então é plausível que um corpo como o de Marte exista a 100 unidades astronômicas? Sim.”
Embora seja importante notar que, por ser bastante pequeno, o objeto pode nem caber na definição oficial de planeta, já que teria que limpar sua órbita de outros objetos nesse caso, os KBOs.
Os pesquisadores esperam que o altamente avançado Grande Telescópio de Levantamento Sinóptico, programado para funcionar em 2020, ajudará a responder perguntas sobre a existência do Planeta 10...