Conheça esta espécie de peixe-serra de dentes pequenos (Pristis pectinate). Apesar de ter um parentesco próximo com o tubarão, esse grupo de habitantes marinhos na realidade pertence à família das arraias.
Esses peixes também são gigantescos podem atingir mais de 7,5 metros, e eram abundantes nos oceanos das Américas. Sua serra é uma impressionante arma que usam para conseguir alimento, assim como para entrar em duelos. Muitos exibem vários ferimentos, um sinal de que eles também se atacam entre si, por motivos ainda desconhecidos.
Infelizmente, essa espécie tão intrigante é extremamente rara. Eles estão em estado crítico de extinção. Mas, recentemente, cientistas conseguiram obter informações inéditas sobre o habitat desses animais, e esperam poder ajudá-los a sobreviver.
Espécie era abundante nos oceanos das Américas, mas hoje está em estado crítico de extinção. Em um artigo na revista Global Ecology and Conservation, pesquisadores liderados por Yannis Papastamatiou, da Universidade de St. Andrews, na Grã-Bretanha, encontraram o último recanto dos oceanos onde vivem esses estranhos peixes.
A equipe marcou e rastreou mais de 20 peixes-serras para tentar entender mais sobre seus hábitos, e acabou descobrindo que eles passam a maior parte do tempo na Baía da Flórida, localizada ao sul do Estado americano.
Apenas conhecendo melhor seu habitat, os ambientalistas poderão evitar que a espécie seja totalmente extinta. "Trata-se de um animal fascinante, mas que pouca gente conhece. Queremos promovê-lo mais e chamar a atenção para sua situação de perigo", afirma Papastamatiou.
Até agora, outros cientistas não tinham certeza se a baía era um local fixo ou de passagem para esses peixes. Agora, ficou comprovado que eles passam muitos meses na região.
"Conseguimos rastrear qual espécime esteve ali e quando. Como os chips eletrônicos funcionam por vários anos, queremos obter um mapa do movimento dos peixes-serra ao longo de um grande intervalo de tempo", explica o cientista.
O clima subtropical da Baía da Flórida pode ser fundamental para a sobrevivência da espécie. "Os resultados são animadores. Temos indícios de que o número de animais está crescendo, e temos esperanças de poder salvá-los", afirma.
O próximo passo será tentar descobrir mais detalhes sobre o comportamento do peixe-serra nesse habitat, assim como conscientizar melhor a população sobre o risco de extinção.
Apesar de a pesca do peixe-serra ser ilegal, as águas em que eles vivem tendem a ficar muito turvas, o que faz com eles sejam capturados por acidente.