Uma equipe de astrônomos no Japão está atenta a uma possível resposta alienígena a uma mensagem enviada ao espaço há quarenta anos.
A intrigante tentativa de comunicação interestelar começou
em 1983, quando os astrônomos Hisashi Hirabayashi e Masaki Morimoto
transmitiram uma série de sinais de rádio para a estrela Altair, que fica a
aproximadamente 16,7 anos-luz da Terra.
A mensagem, enviada por um telescópio da Universidade deStanford, consistia em 13 desenhos destinados a transmitir a presença humana no
planeta, bem como informações sobre a nossa espécie e civilização.
Assumindo o papel dos seus antecessores, o astrónomo Shinya
Narusawa, da Universidade de Hyogo, reuniu uma equipe que tentou detectar uma
potencial resposta ET à missiva de décadas atrás.
Embora receber tal resposta fosse, sem dúvida, um
desenvolvimento fantástico e devastador, seria sensato moderar as suas
expectativas, uma vez que o grupo utilizará um telescópio pertencente à agência
espacial japonesa, conhecido como JAXA, que só está autorizado a utilizar por
uma hora.
Além dessa janela de oportunidade incrivelmente estreita, há
alguma dúvida sobre se eles já podem ou não ter perdido uma resposta dos
alienígenas, já que a mensagem original provavelmente chegou a (estrela) Altair por volta
de 1999 e, se os ETs responderam imediatamente, sua resposta deveria ter
chegado na Terra há aproximadamente oito anos.
Notavelmente, foi apenas em 2008, três anos depois de uma
resposta alienígena ter sido recebida, que foi descoberto que Hirabayashi e
Morimoto haviam transmitido uma série de desenhos em 1983.
Seja como for, Narusawa expressou otimismo de que a mensagem pode ter alcançado com sucesso uma
civilização que a pudesse ouvir e que ainda poderíamos ser capazes de captar a
sua resposta.
“Um grande número de exoplanetas foi detectado desde a
década de 1990”, observou ele, “Altair pode ter um planeta cujo ambiente pode
sustentar vida”.
Se for esse o caso, só podemos esperar que os alienígenas não fiquem ofendidos pelo fato de a Terra os ter deixado sem leitura nos últimos oito anos.